Eloy Casagrande fala sobre transição para Slipknot e elogia Greyson Nekrutman

Numa entrevista recente à edição de janeiro de 2025 da revista Modern Drummer, Eloy Casagrande abriu o coração sobre sua transição para a banda norte-americana e as complexidades de encerrar uma era com os Sepultura, banda que integrou por mais de uma década. Ele também elogiou Greyson Nekrutman, seu sucessor na banda brasileira.

Eloy, que ingressou nos Sepultura em 2011 com apenas 20 anos, comentou com empatia a chegada de Nekrutman, que assumiu a bateria da banda em circunstâncias similares. “Quando vejo o Greyson a tocar, lembro-me de mim mesmo naquela posição. Ele tem a mesma idade que eu tinha quando entrei na banda. É fascinante,” afirmou Eloy, destacando sua admiração por Nekrutman.

Eloy revelou que teve a oportunidade de ajudar o jovem baterista a se preparar para tocar o repertório dos Sepultura. “Conversamos bastante os dois, e dei-lhe algumas dicas sobre certos temas. Como é óbvio, não estava lá para o ensinar a tocar fosse o que fosse — ele pode tocar o que quiser… No entanto, quis partilhar alguns pormenores técnicos que podiam facilitar o trabalho dele.”

O processo de transição para os Slipknot foi, segundo o músico, conduzido com o máximo sigilo. “Nem os Sepultura sabiam. Foi uma decisão minha, mantida em segredo até tudo estar alinhado,” explicou Casagrande. “Gravei seis temas no meu estúdio em São Paulo e enviei-os para os Slipknot. Eles pediram que tocasse três canções específicas: ‘Eyeless’, ‘Purity’ e ‘Gematria’. Em janeiro de 2024, viajei para Palm Springs, na Califórnia, onde passei dez dias com a banda. Durante cinco dias, ensaiamos como se estivéssemos num espetáculo ao vivo, com alinhamentos diferentes a cada dia.”

Quase um ano depois, Eloy Casagrande descreve a emoção de subir ao palco com os Slipknot pela primeira vez: “Ao longo dos anos, toquei muitas vezes com os Slipknot. Partilhamos palcos quando tocava nos Sepultura, e esse era o lugar onde sempre quis estar. Cresci a ouvir a música deles, por isso queria ter a experiência de tocar ao vivo com eles, a experiência de tocar com uma máscara na cara. O meu primeiro concerto com a banda foi surreal. Cresci a ouvir a música deles e, de repente, estava ali, a tocar com uma máscara no rosto. Pensei: ‘Isto está mesmo a acontecer’.”

A Modern Drummer, elegeu recentemente Eloy como “o melhor baterista de metal de 2024”. Jay Weinberg, seu antecessor no Slipknot, seguiu um novo caminho ao juntar-se aos Suicidal Tendencies e Infectious Grooves, depois de um afastamento que descreveu como “doloroso e inesperado.”

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