O Led Zeppelin consolidou um catálogo que é considerado um dos mais poderosos da história do rock, com nove álbuns lançados, muitos deles aclamados como clássicos. Segundo o guitarrista Jimmy Page, o álbum Led Zeppelin IV (1971) é um exemplo perfeito de tudo o que define a banda. Com músicas icônicas como “Black Dog”, “Rock and Roll” e “Stairway to Heaven”, o disco já vendeu mais de 37 milhões de cópias mundialmente.
Em entrevista de 2014 ao The Quietus (via Far Out), Page destacou que IV representou um novo patamar na química entre ele, Robert Plant, John Paul Jones e John Bonham, sendo muito diferente dos álbuns anteriores (Led Zeppelin I, II e III). Ele também atribuiu o sucesso criativo ao acordo de autonomia total concedido pela gravadora Atlantic Records, que permitiu à banda evitar o lançamento de singles e experimentar em suas produções, incluindo o álbum seguinte, Houses of the Holy (1973).
“Ficou muito claro para mim na época. O quarto álbum mostra, de um jeito perfeito, tudo o que tem a ver com a banda; sejam as performances individuais, o funcionamento coletivo, a produção e tudo o que tem a ver com isso.”
No mesmo ano, à Guitar World, Jimmy refletiu que a liberdade concedida pela gravadora, Atlantic Records, se mostrou fundamental para o nascimento de IV e Houses of the Holy (1973), álbum seguinte. O acordo da banda com o selo envolvia autonomia criativa total e veto ao lançamento de singles.
“O interessante é que, se tivéssemos sido forçados pela gravadora a fazer singles, nunca teríamos conseguido experimentar como fizemos, ou gravar álbuns como IV ou Houses of the Holy. Como criamos cada álbum como uma produção independente, podíamos, na verdade, determinar que não haveria singles. E quando você olha para o catálogo inteiro, meu Deus, você percebe que foi uma bênção não ter que se submeter às rádios comerciais”, contou.